terça-feira, 6 de julho de 2010

Hexadiado

A sequência de atuações oscilantes da seleção brasileira chegou ao fim nessa copa de 2010. Depois de um empate apenas suficiente (e sem gols) com Portugal, classificamos em primeiro do grupo e enfrentamos o tradicional freguês Chile, contra o qual criou-se a expectativa do Hexacampeonato Mundial. O Brasil jogou bem, venceu por 3x0 e animou a nação para o jogo das quartas contra a Holanda, fazendo-o parecer um simples cumprimento de tabela e ignorando a potente adversária por vir, mesmo com os alertas de Romário. O baixinho afirmou que seria uma pedreira e que ganhar de um a zero já seria uma goleada.
Aparentemente a confiança estava resultando num efeito positivo, pois os canarinhos jogaram melhor no primeiro tempo, abriram o placar e aparentemente não teriam problemas para ampliar. Pois bem, não foi o que aconteceu. Um time irreconhecível voltou aos gramados no segundo tempo, nervoso, errando passes e aos poucos sucumbindo à marcação holandesa. O gol de empate saiu logo no início e abalou o Brasil, que sumiu na partida. A Holanda ampliou e nos fez despedir-se da Copa mais cedo, especialmente após a expulsão de Felipe Melo, ao pisotear Robben (isso sem falar da sequência de chutes previamente desferidos no mesmo lance). Felipe foi do céu ao inferno, pois após dar passe sensacional para o gol de Robinho que abriu o placar, marcou contra para o empate dos holandeses e foi expulso de maneira infantil após a virada, reduzindo brutalmente as chances da seleção brasileira reverter o placar.
Silenciou-se o Brasil, passamos de protagonistas a meros espectadores. Agora as propagandas mudaram de motivadoras para consoladoras e, apesar de se buscarem culpados e mais culpados, resta um fato: Sonho adiado para 2014.

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